Quantificação de metilmercúrio, mercúrio e outros elementos tóxicos em penas de Petréis-gigantes-do-sul (Macronectes giganteus) das Shetland do Sul, Antártica

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2020
Data de publicação:
Orientador
Edson Gonçalves Moreira
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
É parte de
É parte de
É parte de
Exportar
Mendeley
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
A Antártica é considerada um ambiente que sofre baixo impacto antrópico, porém nas suas regiões costeiras, com uma maior atividade antrópica, observa-se o aumento de alguns elementos químicos. Dentre esses elementos existem aqueles que são essenciais para a manutenção das vias metabólicas dos organismos, essenciais ou não, quando acumulados no organismo, podem trazer prejuízos a qualquer indivíduo. As aves marinhas são bastante sensíveis a mudanças que ocorrem no ambiente e, como ocupam diferentes níveis na teia trófica, são utilizadas como biomonitores. O Petrel-gigante-do-sul (Macronectes giganteus) é uma ave marinha migratória pertencente à ordem Procellariiformes, está no topo da teia trófica, se alimentando de peixes, cefalópodes e carcaças de outros animais. Apesar de não ser uma espécie ameaçada de extinção, suas populações sofreram declínio nas últimas décadas. Existem poucos estudos sobre a concentração de elementos tóxicos nessa espécie, devido à dificuldade de coleta das amostras e da quantificação de alguns elementos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi quantificar, Hg, MeHg, As, Cd, Cu, Pb e Se em penas de Petréis-gigantes- do-sul, por meio das técnicas de AAS e INAA, com o intuito de avaliar a ocorrência desses elementos nessa espécie, na região do Arquipélago das Shetland do Sul, Antártica. Por meio da comparação entre as duas técnicas, para a quantificação de Hg, foi possível concluir as melhores condições para cada uma e em quais casos devem ser utilizadas. Os resultados mostraram que as concentrações de Hg nas penas dos Petréis-gigantes-do-sul são altas, entre 1,3 e 21,2 mg kg-1, porém, essas concentrações podem refletir o fato dessa ave ocupar o topo da teia trófica. O MeHg, que é extremamente tóxico, compõe a maior parte do Hg total quantificado, como era esperado, variando entre 69,5% e 99,9% da concentração de Hg total. Esses resultados corroboram com o fato de as penas serem um mecanismo de detoxificação para aves marinhas, uma vez que o Hg se liga à queratina e fica inerte na pena, evitando efeitos deletérios nas aves. Os resultados encontrados para todos os elementos quantificados (Hg, MeHg, Cd, Cu, Pb e Se) foram semelhantes aos de alguns estudos já realizados com aves marinhas, mostrando que não há evidências de que os Petréis-gigantes-do-sul apresentem contaminação por esses elementos. Também, não foram encontradas diferenças significativas entre os elementos estudados e os três tipos de penas analisadas.

Como referenciar
THEOPHILO, CAROLINA Y.S. Quantificação de metilmercúrio, mercúrio e outros elementos tóxicos em penas de Petréis-gigantes-do-sul (Macronectes giganteus) das Shetland do Sul, Antártica. Orientador: Edson Gonçalves Moreira. 2020. 151 f. Tese (Doutorado em Tecnologia Nuclear) - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN-CNEN/SP, São Paulo. DOI: 10.11606/T.85.2020.tde-18032021-090330. Disponível em: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/31930. Acesso em: 19 Apr 2024.
Esta referência é gerada automaticamente de acordo com as normas do estilo IPEN/SP (ABNT NBR 6023) e recomenda-se uma verificação final e ajustes caso necessário.

Agência de fomento
Coleções