AZEVEDO, JULIANA de S.MIRANDA, LARISSA Y.BRAGA, ELISABETE de S.SARKIS, JORGE E. de S.HORTELLANI, MARCOS A.2025-01-312025-01-31AZEVEDO, JULIANA de S.; MIRANDA, LARISSA Y.; BRAGA, ELISABETE de S.; SARKIS, JORGE E. de S.; HORTELLANI, MARCOS A. Avaliação preliminar sobre a biodistribuição de arsênio em peixes de uma área de proteção ambiental marinha no litoral sul de São Paulo. In: QUADROS, ISABEL M.H. de (coord.); SILVA, LIDIANE C. da (coord.); SILVA, SYLVIA M.A. da (coord.); HERMOSO, WILLIAN (coord.). In: CONGRESSO ACADEMICO UNIFESP, 9., 19-23 de junho, 2023, São Paulo, SP. <b>Resumo...</b> São Paulo, SP: Universidade Federal de São Paulo, 2023. p. 436-436. Disponível em: https://repositorio.ipen.br/handle/123456789/48958.https://repositorio.ipen.br/handle/123456789/48958O arsênio (As) é um metalóide que em sua forma inorgânica possui elevada toxicidade. Apesar de não possuir função biológica, é facilmente assimilado pelos organismos marinhos. Em animais como peixes e crustáceos, a forma orgânica do arsênio, menos tóxica, prevalece sob a inorgânica, como forma de regular o estresse osmótico dos organismos expostos a altas concentrações deste elemento. O Complexo Estuarino-Lagunar de Cananéia-Iguape (CELCI), está inserido na Área de Proteção Ambiental Cananéia-Iguape-Peruíbe, localizada no litoral sul do estado de Saulo. A região norte do CELCI está submetida a estressores ambientais relacionados a abertura do canal do Valo Grande, que favorece o ingresso de diversos materiais continentais, a partir do rio Ribeira de Iguape, podendo alterar a dinâmica abiótica e biótica da região. Deste modo, a investigação de elementos potencialmente tóxicos e que sejam modulados por fatores ambientais como a salinidade, torna-se de fundamental importância para a conservação de espécies aquáticas residentes do CELCI. Este estudo buscou investigar a biodistribuição do arsênio inorgânico em peixes com importância ecológica e econômica no CELCI, a saber: Bagre amarelo (Aspistor luniscutis e Cathorops spiixi); Bagre urutu (Genidens genidens), Linguado (Achirus lineatus), Robalo îexa (Centropomus undecimalis), Caratinga (Diapterus rhombeus), Baiacu pintado (Sphoeroides testudineus) e Tainha (Mugil curema). As coletas foram feitas em novembro de 2021, em quatro pontos ao longo do CELCI, em um gradiente de maior (setor sul) para menor salinidade (setor norte), e em agosto de 2022 no rio Olaria, um sistema fluvial que desagua no estuário. 19 peixes foram capturados e dissecados para obtenção do tecido muscular, brânquias e do fígado. Assim, 57 amostras foram submetidas a digestão ácida (HNO3 e H2O2) em forno de micro-ondas, com posterior diluição para análise de As (AsO91) por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Os limites de detecção (LD) e quantificação (LQ) obtidos foram 0,1 ng g-1 e 0,2 ng g-1, respectivamente. O controle de qualidade foi assegurado a partir da análise dos materiais de referência Dorm-4 (Dogfish muscle) e DOLT-2 (Dogfish liver), com As certificado em 6,80±0,64 μg g-1 e 16,6±6,1 μg g-1, respectivamente. Os resultados analíticos obtidos mostraram boa precisão e exatidão, com uma recuperação de 102% (DOLT-2) e 104% (DORM-4). Os teores de As obtidos nos peixes mostraram uma ordem de concentração nos tecidos analisados similar no setor norte (músculo~fígado>brânquias) e no rio Olaria (fígado>músculo>brânquias), enquanto no setor sul, a tendência de concentração foi diferente (brânquias>músculo>fígado>). Tal diferença pode estar relacionada com a salinidade, visto que os peixes do setor sul apresentaram maiores concentrações médias de As nas brânquias quando comparado com os demais tecidos (brânquias: 2,681±3,091 μg g-1; músculo: 2,394±2,348 μg g-1; fígado: 2,051±1,779 μg g-1). Quanto à distribuição de As nos peixes do setor norte (brânquias: 0,491±0,570 μg g-1; músculo: 0,907±0,689 μg g-1; fígado: 0,902±0,464 μg g-1) e no rio Olaria (brânquias: 1,309±0,361 μg g-1; músculo: 1,623±0,847 μg g-1; fígado: 3,597±1,711 μg g-1), os resultados obtidos sugerem que o fígado e as brânquias possuem indícios de processos de bioacumulação, e as condições ambientais dos pontos de coletas podem influenciar nas exposições dos animais.436-436openAccessResumo de eventos científicoshttps://orcid.org/0000-0002-6745-8185