GABRIELA ORTEGA COELHO THOMAZI

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  • Resumo IPEN-doc 26933
    Redução da atividade edematogênica promovida pelo muco da raia de água doce Paratrygon aiereba utilizando soro produzido contra o muco irradiado com raios gama de 60Co
    2016 - THOMAZI, G.O.C.; PREZOTTO NETO, J.P.; ALVES, G.J.; TURIBIO, T.O.; AIRES, R.S.; ROCHA, A.M.; SEIBERT, C.S.; SPENCER, P.J.; NASCIMENTO, N.
    Introdução: As raias são peixes peçonhentos com ampla distribuição geográfica nos principais rios brasileiros e merecem destaque por estarem frequentemente associadas a acidentes em seres humanos. Estes agravos são frequentes na região Norte do país e favorecidos pelo hábito desses peixes de permanecerem em repouso no fundo arenoso ou lamacento de águas rasas e pela frequente utilização humana dos rios, seja por lazer ou atividades ocupacionais. Os ferimentos provocados pelos ferrões das raias são dolorosos, de difícil cicatrização, causam necroses extensas e fenômenos sistêmicos. O muco que recobre toda a extensão do corpo desses peixes pode aumentar a gravidade desses ferimentos. A escassez de estudos voltados para o tratamento específico das lesões oriundas dos agravos por esses peixes, a ausência de estudos com outros gêneros de raias dulcícolas e a possibilidade de produção de soro contra o veneno de raias estimularam o desenvolvimento deste estudo utilizando a radiação ionizante que tem se mostrado vantajosa na atenuação de toxinas animais, resultando na obtenção de melhores imunógenos para a produção de soros. Objetivo: Avaliar e comparar o potencial neutralizante dos soros anti-mucoda raia Paratrygonaierebanativo ou irradiado (2 kGy-60Co) contra a ação edematogênicado muco nativo. Método: Mediante aprovação da CEUA/IPEN/SP n°126/2013 e do ICMBion.º 45407-1/2014 foi desenvolvido este trabalho. O muco (50μg/mL) de P. aierebafoi incubado em banho-maria com os soros anti-muconativo ou soro anti-mucoirradiado diluídos de 1:100 ou 1:1.000 (soros de coelhos imunizados contra o muco nativo ou irradiado por 60Co de P. aiereba). Após a incubação, as amostras foram injetadas (30μL) no coxim plantar da pata posterior de camundongos Swissmachos, 18 a 20g, (n=30). A interferência na atividade edematogênicafoi verificada nos tempos de 1h, 2h, 4h e 24h após a inoculação. Em todos os animais foi verificado o volume inicial individual de cada pata antes da injeção das amostras. Os volumes foram mensurados em pletismômetroe os resultados expressos como a variação do volume em relação ao volume basal em μL por período (ExpBioMed. 239:601, 2014). A avaliação estatística foi realizada pela análise de variância com auxílio do softwareGraphPadPrism5.0. Resultados: O muco de P. aierebafoi capaz de induzir edema de 1h a 4h após a inoculação, com declínio de 4 a 24h (p<0,01 em relação aos controles). O soro anti-muconativo não foi capaz de inibir a formação do edema nas diluições testadas, sem diferença estatística com o edema induzido pelo muco (p>0,05). O soro anti-mucoirradiado diluído 1:100 apresentou interferência significativa na atividade edematogênicanas primeiras quatro horas (p<0,01). O soro anti-mucoirradiado 1:1000 foi capaz de diminuir a formação de edema nas 1ª e 4ª horas (p<0,01). O edema foi reduzido pelo soro anti-mucoirradiado pré-incubado com o muco não irradiado (nativo). Conclusão: Esse resultado mostra que além do muco irradiado ser capaz de estimular a proliferação de células de memória, ou seja, a produção de anticorpos IgGespecíficos, estas imunoglobulinas são capazes de reconhecer a fração responsável pela atividade edematogênica. Estes resultados nos permite concluir que o processo de irradiação tornou o muco da raia P. aierebamais antigênico.
  • Tese IPEN-doc 22058
    Resposta imunológica em modelos animais imunizados contra o muco nativo ou irradiado por raios gama de 60 Co da raia de água doce Paratrygon aiereba
    2016 - THOMAZI, GABRIELA O.C.
    As raias são peixes peçonhentos e estão frequentemente associadas a acidentes em seres humanos, principalmente na região Norte do Brasil, favorecidos pelo hábito desses peixes de permanecerem no fundo de águas rasas e pela contínua utilização humana dos rios. Os ferrões das raias causam lesões dolorosas, edema, necrose, e o muco que recobre toda a extensão do corpo desses peixes pode aumentar a gravidade desses ferimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta imunológica induzida pelo muco de Paratrygon aiereba nativo ou irradiado por raios gama de 60Co em modelos animais. Foram realizados ensaios imunoenzimáticos e Western blotting para verificar a resposta humoral e reatividade cruzada dos soros provenientes de camundongos Swiss e coelhos New Zealand previamente imunizados contra o veneno, muco nativo ou irradiado. A indução da produção de anticorpos in vitro, as subclasses de IgG e a quantificação de citocinas foram analisados. Além de realizados ensaios de soroneutralização da atividade edematogênica in vitro e in vivo e de viabilidade celular. Os dados foram analisados estatisticamente por meio de análise de variância. O protocolo de imunização possibilitou a obtenção de soros com títulos satisfatórios de anticorpos policlonais. O muco e veneno de P. aiereba são imunogênicos e apresentam reatividade antigênica. O muco nativo ou irradiado induziu a produção de anticorpos IgG e esses reconheceram antígenos presentes no muco de outras espécies de raias. Células esplênicas de animais imunizados contra o muco irradiado produziram IFN-γ, TNF- α e IL-10 e também foi observada a produção sérica de TNF-α (grupo imunizado contra o muco irradiado) e de IL-6 e IL-17 (grupo imunizado contra o muco nativo). O soro anti-muco irradiado reduziu a atividade edematogênica in vitro, ao contrária da in vivo que não foi neutralizada. Os resultados corroboram o uso da radiação ionizante, com produção de anticorpos altamente responsivos e melhor resposta imune, além de comprovar que o muco de Paratrygon aiereba foi capaz de estimular resposta imune adaptativa celular e humoral.