Estudo da corrosão do alumínio AA 3003 em meio de biodiesel, diesel, etanol e gasolina
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Data de publicação:
2018
Autores IPEN
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CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 23.
Resumo
Os biocombustíveis são provenientes de fontes renováveis e cada vez mais são
inseridos na matriz energética mundial, por isso é de extrema importância conhecer
suas propriedades. O contato dos combustíveis com os diversos materiais metálicos
constituintes dos veículos torna estes susceptíveis à corrosão. O alumínio é um metal
muito utilizado em componentes automotivos pois possui características interessantes
de resistência à corrosão, o metal reage com o oxigênio atmosférico sem que ocorra
uma degradação de sua superfície, ao invés disso, forma-se uma camada de óxido o
qual o protege contra a corrosão. A norma ABNT 14359 estabelece método de
determinação da corrosão em combustíveis, porém, é exclusiva ao cobre e
combustíveis fósseis, e, a corrosão é avaliada de maneira qualitativa, pela
comparação visual com padrões, o que pode acarretar em incertezas de resultados.
Os combustíveis em geral apresentam instabilidade, por isso é difícil a determinação
da corrosão somente por meio de técnicas eletroquímicas, é necessária uma
metodologia indireta a qual baseia-se na imersão do metal no combustível de estudo
e posterior imersão em um eletrólito forte. Neste contexto, este trabalho teve como
objetivo investigar a corrosão da liga de alumínio AA 3003 em meio de biodiesel,
diesel, etanol e gasolina. A metodologia utilizada consistiu na imersão do material
metálico nos combustíveis durante tempo determinado para posterior análise através
ensaios de perda de massa para a determinação da variação de massa antes e após
imersão nos combustíveis, análise superficial por microscopia eletrônica de varredura
(MEV), e análise eletroquímica por espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE)
e polarização potenciodinâmica anódica (PPA). Os resultados de perda de massa
demonstraram que valores muito baixos de perda de massa foram obtidos para todos
os combustíveis, sugerindo que o alumínio, quando imerso nos combustíveis, não
sofre um processo corrosivo acentuado. A partir dos resultados eletroquímicos
observou-se que o metal se mostrou mais protegido contra corrosão quando imerso
nos combustíveis do que quando sem a imersão, particularmente o diesel, se mostrou
como combustível mais compatível com o alumínio, seguindo pelo biodiesel, etanol e
pela gasolina que se mostrou mais susceptível à corrosão principalmente devido ao
enxofre em sua composição. A análise da superfície metálica indicou que houve
alteração na morfologia da superfície tanto após a imersão quanto após polarização
anódica, a qual pode ser atribuída ao processo corrosivo do metal para formação de
um óxido que promove, posteriormente, a passivação da superfície. Os resultados
indicaram que alumínio AA 3003 é material metálico adequado para utilização na
confecção de componentes veiculares que ficarão em contato com biodiesel, diesel,
etanol ou gasolina, pois em nenhum caso ocorreu um processo de corrosão
acentuado.
Como referenciar
SOARES, M.; BERBEL, L.O.; BANCZEK, E.P.; FURSTENBERGER, C.B.; VIEIRA, C.; OLISZESKI, D.C.S. Estudo da corrosão do alumínio AA 3003 em meio de biodiesel, diesel, etanol e gasolina. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 23., 04-08 de novembro, 2018, Foz do Iguaçu, PR. Resumo... p. 5042-5042. Disponível em: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/29565. Acesso em: 15 May 2024.
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