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Dissertação IPEN-doc 30738 Eficácia antitumoral de nanopartículas de ouro conjugadas com polifenóis2024 - SPADREZANO, ISADORAAs nanopartículas de ouro (AuNPs) apresentam propriedades úteis em diagnóstico e terapia do câncer. Neste trabalho, foi estudado como a modificação de superfície das AuNPs com fitoquímicos pode ser uma estratégia promissora na nanotecnologia verde para a redução de íons metálicos, estabilização e detecção seletiva de receptores celulares por meio da funcionalização com moléculas bioativas. Foram realizadas análises de determinados parâmetros influenciadores na síntese, como temperatura, concentração, volume e força iônica, para padronizar os protocolos de sínteses das AuNPs e testes in vitro em linhagens celulares tumorais de mama para comparar o possível potencial de inibição e antiproliferativo de AuNPs, revestidas com ácido tânico (AT) e epigalocatequina-galato (EGCG), visto que o número de estudos que investigaram essa abordagem, comparando as sínteses, ainda é limitado. As AuNPs funcionalizadas foram submetidas a análises físico-químicas, incluindo dispersão dinâmica de luz (DLS), potencial zeta (PZ), espectroscopia UV-visível (UV-Vis) e microscopia eletrônica de transmissão (MET). A concentração de ouro presente nas amostras foi determinada por espectroscopia de emissão óptica por plasma acoplado indutivamente (ICP-OES). A citotoxicidade foi avaliada pelo método MTS. As análises por UV-Vis, DLS e MET forneceram informações sobre o tamanho de aproximadamente 20 nm, morfologia predominantemente esférica e homogeneidade das AuNPs destacando a eficiência das sínteses. O PZ e DLS indicaram estabilidade das AuNPs. A análise por ICP-OES quantificou a concentração de ouro nas amostras que foi considerada eficiente na síntese. Os resultados da porcentagem de viabilidade celular indicaram que as AT-AuNPs e EGCG-AuNPs em concentrações acima de 50% demonstram citotoxicidade em células humanas de adenocarcinoma mamário (MCF-7), com destaque em células humanas de adenocarcinoma mamário com fenótipo tumoral metastático (MDA-MB-231), associadas à agressividade tumoral.Resumo IPEN-doc 29445 Aplicação de nanopartículas de ouro preparadas com ácido tânico em células cancerígenas2022 - SPADREZANO, I.; FREITAS, L.F. de; BATISTA, J.G.; SOUSA, T.d.; LUGAO, A.B.As nanopartículas de ouro (AuNPs) apresentam propriedades essenciais para diagnóstico e terapia, como facilidade na sua síntese, nas modificações de sua superfície, no controle de monodispersão da solução e do tamanho. A partir de modificação química da superfície, a redução de ouro oriunda de fitoquímicos para a formação de nanopartículas é um método promissor da nanotecnologia verde. O composto responsável pela redução e estabilização, nesse respectivo trabalho, é o ácido tânico (AT) obtido através da hidrólise do tanino, um polifenol sintetizado pelas plantas. O AT possui atividade antioxidante, proporcionada pelas hidroxilas presentes na molécula, neutralizando a atividade de radicais livres gerados no organismo. Uma das principais causas dos cânceres é decorrente da fosforilação anormal dos resíduos de tirosina que faz com que a fosforilação seja mantida, levando a uma ativação permanente dos sinais de transdução. As proteínas tirosinas quinases (PTKs) são um grupo de enzimas responsável por catalisar a fosforilação dos resíduos de tirosina nas proteínas, sendo necessária para a manutenção do estado cancerígeno. O AT possui alta capacidade de inibição das PTKs. A síntese de AuNPs-AT foi estabelecida pelo procedimento de redução química, utilizando uma solução de sal de ouro (NaAuCl4) que foi acrescida em uma solução de AT sob refrigeração. Os diâmetros hidrodinâmicos medidos na amostra não centrifugada, designada como NC, apresentou tamanho 37,88 nm, na amostra centrifugada uma vez, nomeada como S1, 38,85 nm e na amostra centrifugada duas vezes, denominada como S2, 40,50 nm. Foi perceptível o efeito das centrifugações a fim de retirar o excesso de agente estabilizante que não reagiu, foi permitido uma maior agregação das nanopartículas, segregando os variados tamanhos. Os valores do índice de polidispersão (PDI) das AuNPs-AT estão na faixa de 0,245 – 0,262, sendo considerada como de polidispersividade média, supondo que os agregados de nanopartículas estavam com tamanhos uniformes entre si. A citotoxicidade sobre as células MCF-7 (células tumorais) e HUVEC (células não tumorais) foi realizada por meio do método MTT, com a concentração de 25% e 50%. Houve um aumento significativo dos índices de absorbância em concentração 50%, induzido pela amostra AuNPs-AT S2 em células não tumorais, indicando menor citotoxicidade. No caso das células tumorais, induzidas pelas AuNPs-AT NC em concentração de 25% foram capazes de causar morte celular. Os resultados provaram, de forma satisfatória e aprimorada, a formação de AuNPs pelo método de síntese verde com as alterações propostas. O revestimento através do ácido tânico apresentou maior eficiência na inibição e efeito antitumoral, conforme mostrado nos ensaios de citotoxicidade. Nesse estudo, as nanopartículas tinham diâmetro de ? 39,08 nm, o tamanho e o recobrimento não foram consideravelmente tóxicos em aplicações para fins médicos. No geral, as AuNPs-AT foram bem toleradas pelas células.