Estudo piloto sobre o aumento da temperatura pulpar decorrente do clareamento a laser

Abstract

A técnica de clareamento a laser para dentes vitais poderia reduzir o procedimento a uma única sessão. Porém, dependendo da intensidade empregada, o aumento da temperatura gerado poderia levar a danos irreversíveis à polpa (maior que 5,5°C / ZACH; COHEN, 1967). Este estudo objetivou avaliar esse aumento quando o laser de argônio [488 nm/AccuCure 3000/LaserMed (LA)] e o diodo [510nm/Opus 10/OpusDent (LD)] são utilizados Foram selecionados 18 incisivos centrais superiores humanos, que foram escurecidos artificialmente por imersão em solução especialmente desenvolvida para este fim (armazenagem = 7 dias/37°C). Após a profilaxia, as câmaras coronárias foram abertas pela face platina. Um termopar tipo K, adaptado à parede vestibular da câmera, registrou o aumento da temperatura provocado pelas irradiações. O gel clareador Whiteness Hp (FMG) foi aplicado na face vestibular e os espécimes foram irradiados. Seis grupos (n = 3) foram formados: A = LA 150 mW (I = 0,76 W/cm²); LA 200mW (I = 1,02 W/cm²); C = LA 250 mW (I = 1,27 W/cm²); D = LD 2 W (I = 28,2 W/cm²); E = LD 2,6 W (I = 36,6 W/cm²) F = LD 2,8 W (I = 39,4 W/cm²). Em cada dente, 3 irradiações de 30 s foram efetuadas, com intervalos de 1,5 min entre elas. Os resultados foram submetidos à análise de variância com fator vinculado e o teste de Tukey (5%). Os grupos E e F geraram elevações de temperatura superiores aos demais, diferença esta esteticamente significativa (p , 0,001) Pode-se concluir que os grupos E e F provocaram aumento de temperatura maiores do que 5,5°C, poderiam ser lesivos à polpa.