Síntese de nanopartículas de paládio por via radiolítica e sua eficácia in vitro
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Data de publicação:
2022
Autores IPEN
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CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 24.
Resumo
O câncer é uma das doenças mais fatais do mundo, cuja característica principal é o crescimento
anormal das células. A radioterapia é um dos tratamentos antitumorais clássicos, no entanto gera
efeitos deletérios nos pacientes que diminuem significativamente a qualidade de vida, daí a
importância de estudos para aumentar a eficácia deste e de outros tratamentos ao mesmo tempo
em que diminuem seus efeitos colaterais. Neste sentido, a nanotecnologia é um ramo da ciência
que tem contribuído significativamente, desde catálise até nanodispositivos para área biomédica.
Uma forma eficiente de síntese de nanopartículas e nanoagregados metálicos que dispensa o uso
de agentes redutores tóxicos e que permite um excelente controle no tamanho dos produtos é a
síntese mediada por radiólise. Este trabalho teve como objetivo sintetizar nanopartículas de
paládio por via radiolítica, recobertas com proteína ou polímero e caracterizá-las quanto ao seu
tamanho hidrodinâmico e possível citotoxicidade. Para a síntese, foram misturadas as seguintes
soluções para uma concentração final definida: tetracloropaladato de sódio 2 x 10-3 mol L-1;
solução de albumina de soro humano 50 μg mL-1 ou papaína 50 μg mL-1 ou polivinil pirrolidona
(PVP) 1% (m/v). As amostras contendo albumina e papaína foram feitas em tampão fosfato 50 mM
pH 7,2, enquanto as de PVP foram feitas em água deionizada contendo propan-2-ol 0,2 mol L-1 e
acetona 6 x 10-2 mol L-1. As soluções de proteína foram irradiadas em irradiador de elétrons com
dose de 5 kGy e a de polímero em irradiador gama com dose de 10 kGy. Quanto ao seu tamanho,
houve homogeneidade das nanopartículas, as quais apresentaram tamanhos abaixo de 100 nm e
com baixa polidispersão (PDI<0,3). Nos testes in vitro, foram realizados ensaios de MTT com as
nanopartículas de paládio em células tumorais de mama (MDA-MB-231) e células não tumorais
(HUVEC) afim de observar a sua viabilidade celular e sua toxicidade. Na linhagem celular saudável
(HUVEC) as nanopartículas de paládio recobertas com albumina, papaína ou PVP se mostraram não
tóxicas e com boa viabilidade celular em sua concentração de 50% (m/v). Nos ensaios com
linhagem tumoral (MDA) as nanopartículas recobertas com PVP tiveram uma baixa viabilidade
celular, ou seja, foram tóxicas para as células cancerígenas, as demais tiveram uma boa viabilidade.
Almeja-se utilizar essas nanopartículas como agentes radiossensibilizadores, contando com
posteriores testes de viabilidade celular para verificar sua eficiência antitumoral mediante
irradiação com raios-X de 160 keV. Conclui-se que as nanopartículas obtidas apresentam tamanho
ótimo para aplicações biomédicas, pois poderão ser endocitadas por células-alvo e, sendo maiores
que 10 nm e menores que 100 nm, e não foram tóxicas para linhagens não tumorais.
Como referenciar
SOUSA, T.d. Síntese de nanopartículas de paládio por via radiolítica e sua eficácia in vitro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS, 24., 6-10 de novembro, 2022, Águas de Lindóia, SP. Resumo... Disponível em: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/33804. Acesso em: 04 Mar 2025.
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