Avaliação da toxicidade in vitro e in vivo das nanopartículas de ouro reduzidas e estabilizadas com mangiferina e resveratrol
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2019
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WORKSHOP DE BIOMATERIAIS, ENGENHARIA DE TECIDOS E ORGÃOS ARTIFICIAIS, 6th
Resumo
As nanopartículas de ouro (AuNPs) com diferentes tamanhos e formas têm sido amplamente
estudadas em todo o mundo. A síntese de AuNPs geralmente envolve agentes de redução e
solventes que apresentam problemas relacionados à toxicidade. A fim de resolver esta questão,
metabólitos presentes em diversos extratos de plantas tem sido explorados para a preparação
de diferentes nanopartículas. Pesquisadores mostraram que alguns fitoquímicos, como a
mangiferina (MGF) e resveratrol (RESV), além de reduzirem e estabilizarem as AuNPs, são
capazes de funcionalizá-las. O aumento na produção e utilização das nanopartículas tem
provocado grande preocupação quanto aos impactos e riscos potenciais que estas podem
causar ao meio ambiente e à saúde humana. Desta forma, o estudo teve como objetivo avaliar
o nível de toxicidade das AuNPs, reduzidas e estabilizadas com MGF e RESV in vitro e in vivo,
comparando-as com o método clássico de síntese de AuNPs, descrito por Turkvich, no qual o
citrato de sódio é o agente redutor e estabilizante (CITR-AuNPs). Foi realizado o ensaio de
citotoxicidade de acordo com a International Standard Organization (ISO 10993-5, 2009) e o
ensaio de toxicidade aguda em embriões de Zebrafish (FET TEST), de acordo com o protocolo
da OECD nº 236. Zebrafish é um importante modelo animal utilizado nas áreas de biologia do
desenvolvimento, genética e biomedicina e é utilizado em ensaios ecotoxicológicos. Como o
zebrafish apresenta 70% de similaridade genética com humanos, assim como similaridades
fisiológicas e anatômicas, este modelo pode ser usado para prever efeitos de toxicidade em
humanos. Além de alta taxa reprodutiva e rápido desenvolvimento embrionário, a espécie
apresenta grande sensibilidade quando exposta a produtos químicos, sendo capaz de absorver
rapidamente os compostos que são diretamente adicionados à água e acumulá-los em vários
tecidos. O organismo é de fácil obtenção, gerenciamento e de baixo custo. Tanto as
nanopartículas reduzidas e estabilizadas com MGF e RESV, quanto os redutores, não
apresentaram citotoxicidade, porém as CITR-AuNPs apresentaram IC50 de 180 μg.mL-1. Em
relação ao FET TEST, a taxa de letalidade dos organismos expostos a MGF e MGF-AuNPs,
ambas na concentração de 350 μg.mL-1, foi de 12% e 5% respectivamente. Já a taxa de
letalidade dos organismos expostos ao RESV na concentração de 165 μg.mL-1, foi de 17.5%.
A CL50 obtida das RESV-AuNPs foi de 14.55 μg.mL-1, nas concentrações de 82.5 e 165 μg.mL-
1, observou-se atraso estatísticamente significativo da eclosão dos organismos, no período de
72 horas pós fecundação. A taxa de letalidade dos organismos expostos ao citrato de sódio e
CITR-AuNPs, ambas na concentração de 250 μg.mL-1, foi de 3.75% e 16.25% respectivamente.
Não foram encontrados valores de CL50 nas concentrações testadas das nanopartículas,
exceto RESV-AuNPS. Nanopartículas com maiores concentrações do que as testadas não
apresentam estabilidade, tendendo a aglomeração e precipitação.
Como referenciar
CAVALCANTE, A.K.; BATISTA, J.G.S.; MAZIERO, J.S.; ROGERO, S.; ROGERO, J.R.; VIVEIROS, W.; KATTI, K.; LUGAO, A.B.; ALAVARSE, R.D. Avaliação da toxicidade in vitro e in vivo das nanopartículas de ouro reduzidas e estabilizadas com mangiferina e resveratrol. In: WORKSHOP DE BIOMATERIAIS, ENGENHARIA DE TECIDOS E ORGÃOS ARTIFICIAIS, 6th, October 29-31, 2019, São Paulo, SP. Abstract... p. 35-35. Disponível em: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/31548. Acesso em: 03 Mar 2025.
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