Prevalência de cegueira e baixa visão em comunidades quilombolas da região geográfica imediata de Araguaí­na/TO

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Daniel Perez Vieira

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Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde, pelo menos 2,2 bilhões de pessoas têm deficiência visual para perto ou longe. A prevalência e as causas específicas da cegueira e da baixa visão variam entre os diferentes países. No Brasil, a falta de pesquisas abrangentes envolvendo grupos populacionais dificulta a formulação de políticas de saúde eficazes para enfrentar esse desafio. Este estudo busca preencher essa lacuna de conhecimento, visando contribuir para o desenvolvimento de políticas de saúde mais direcionadas e eficientes para prevenir e tratar a deficiência visual no país. Objetivos: Verificar a prevalência de cegueira e deficiência visual em crianças de 5-7 anos e em idosos com idade igual ou maior que 60 anos nas comunidades remanescentes de quilombos da região geográfica imediata de Araguaína. Métodos: Estudo transversal, realizado em comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares, na população de crianças entre cinco a sete anos e nos idosos com idade igual ou maior a sessenta anos. Nos pacientes elegíveis foram aplicados questionários e realizado exame oftalmológico para detecção de ametropias e oftalmopatias. Foram realizadas análises descritivas das variáveis sociodemográficas e oftalmológicas, incluindo frequências absolutas e relativas. Investigaram-se relações entre condições oftalmológicas e características sociodemográficas, dividindo os grupos etários em crianças e idosos. Utilizaram-se tabelas de contingência e testes de qui-quadrado para independência, com o teste exato de Fisher como alternativa em casos específicos. O nível de significância adotado foi de 5%, com todo o processamento feito no software R, versão 4.0.0. Resultados: Foi observada uma maior prevalência de casos de cegueira e baixa visão na população de idosos (p<0,0001), sendo a catarata e os erros refrativos as principais causas. Outras causas de cegueira e baixa visão após correção óptica foram atrofia do nervo óptico, subluxação do cristalino, pterígio grau IV, leucoma total da córnea, opacificação da cápsula posterior do cristalino, ambliopia e retinopatia diabética. O grupo de idosos apresentou uma maior prevalência de miopia e hipermetropia comparado com o grupo de crianças. Uma baixa escolaridade dos genitores e dos participantes da pesquisa foi relacionada com um maior percentual de cegueira e baixa visão. A utilização de retinográfo portátil, associada a análise imediata das imagens obtidas, através de Inteligência Artificial, possibilitou identificar áreas com possível lesão, na retina e no nervo óptico, permitindo a decisão de encaminhamento precoce para avaliação e tratamento com especialistas em centros de referência. Conclusões: A maior prevalência de cegueira e baixa visual na população idosa, de baixa escolaridade, decorrentes principalmente de situações passíveis de tratamento, tais como catarata e erros refrativos, demonstra uma necessidade de maior atenção por parte dos entes públicos no sentido de melhorar o acesso à informação e proporcionar condições para esses pacientes serem encaminhados para acompanhamento em serviços de referência em oftalmologia, podendo, para isso, ser utilizado recursos de telemedicina como uma forma de triagem inicial pelas equipes de Saúde da Família.

Como referenciar
CUNHA FILHO, SILVIO C. da. Prevalência de cegueira e baixa visão em comunidades quilombolas da região geográfica imediata de Araguaí­na/TO. Orientador: Daniel Perez Vieira. 2024. 95 f. Tese (Doutorado em Tecnologia Nuclear) - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN-CNEN/SP, São Paulo. DOI: 10.11606/T.85.2024.tde-22072024-124238. Disponível em: https://repositorio.ipen.br/handle/123456789/48672. Acesso em: 30 Dec 2025.
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