Formação de centros paramagnéticos em esmalte e dentina aquecidos
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Data de publicação:
2004
Autores IPEN
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ENCONTRO NACIONAL DE FISICA DA MATERIA CONDENSADA, 27.
Resumo
Além de radiações ionizantes outros agentes podem produzir centros paramagnéticos em esmalte e dentina: aquecimento, moagem, radiação solar e ultravioleta. Estes radicais apresentam sinais paramagnéticos com propriedades similares aos sinais dosimétricos e por esta razio podem introduzir erros nos espectros dos tecidos mineralizados irradiados. O objetivo deste trabalho é estudar o comportamento dos centros paramagnéticos formados em esmalte
e dentina aquecidos entre 100 °C e 1000 °C. Utilizaram-se amostras de esmalte e dentina bovinos em forma de pé. Os experimentos de ressonância paramagnética eletrônica foram conduzidos num espectrômetro Varian E-4, com cavidade retangular TE-102 e operando na banda X (9 GHz). Os tratamentos térmicos foram conduzidos em fornos em atmosfera de ar, com temperaturas entre 100 °C e 1000 °C com tempo de aquecimento de 30 minutos.
As amostras utilizadas não apresentaram sinal antes do aquecimento. O esmalte apresentou sinais paramagnéticos quando aquecido entre 300 °C e 1000 °C e a dentina entre 100 °C e 1000 °C. Os sinais observados na dentina aquecida entre 100 °C e 200 °C são reversíveis após seis meses de estocagem, enquanto que as demais amostras aquecidas acima de 200 °C e as amostras de esmalte não apresentaram variações na amplitude entre as medidas realizadas logo após o aquecimento com a amplitude determinada após seis meses de estocagem. Com a evolução do tratamento térmico ocorre a diminuição do valor de g e da largura dos sinais em ambos os tecidos. No esmalte aquecido estes
valores apresentam uma repentina diminuição em torno de 500 ©C: o valor de g decresce de 2,0066 (300-500 °C) para 2,0057 (500-900 °C) e a largura decresce de 0,7 mT para 0,3 mT. Na dentina o valor de g decresce de 2,0074 (225 °C) para 2,0057 (950 °C) e a largura decresce de 1,2 mT (150 °C) para 0,35 mT (950 °C). Apesar da determinação da origem dos radicais paramagnéticos observados ainda não estar bem estabelecida, os processos responsáveis por estes sinais possivelmente são: eliminação da água adsorvida, alteração da estrutura do colágeno, degradação da matriz orgânica, formação de cianato, eliminação de água estrutural e formação de defeitos cristalinos.
Como referenciar
BACHMANN, L.; ZEZELL, D.M.; OSWALDO, BAFRA. Formação de centros paramagnéticos em esmalte e dentina aquecidos. In: ENCONTRO NACIONAL DE FISICA DA MATERIA CONDENSADA, 27., 4-8 maio, 2004, Pocos de Caldas, MG. Resumos... p. 172. Disponível em: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/22242. Acesso em: 21 Mar 2025.
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