Comissionamento: comparação cálculo-experimento da calibração das barras de controle do reator IPEN/MB-01 a partir da utilização de modelagem de cálculo idêntica à metodologia experimental

Abstract

Este relatório trata da apresentação dos resultados obtidos com a nova metodologia de cálculo utilizada pelo grupo de neutrônica do CEENG/IPEN [1] utilizando o código MCNP6 e biblioteca de dados nucleares ENDF/B.VII.0 na geração das seções de choque , utlizando-se exatamente da mesma modelagem do procedimento experimental realizado quando da calibração das barras de controle , ou seja com a presença de duas (02) barras de controle no núcleo ativo, acarretando assim um efeito de sombreamento (perturbação) entre as mesmas. O Cálculo foi refeito devido a solitação da SEASE/CODRE/CGRC/DRS /CNEN [2], tendo em vista que o cálculo anterior [3,4] apresentava valores de reatividade integral das barras de controle com apenas uma das barras no interior do núcleo, condição esta irreal pois nesta situação o reator está supercrítico , além de não considerar o efeito perturbativo de sombreamento entre as barras de controle, ou seja, entre a que está sendo calibrada e a que está fazendo a compensação de reatividade , durante o transcorrer do experimento (calibração das barras de controle). Os resultados dos valores calculados de reatividade integral obtidos para as barras de controle BC#2 e BC#3, diametralmente posicionadas no interior do núcleo, são apresentados a seguir. BC#2= (3856,44 ± 2%) pcm e BC#3=( 3371,48 ± 2%) pcm. Quando comparados esses resultados com os resultados experimentais obtidos de BC#2= (3780,15 ± 1%) pcm e BC#3=(3310,46 ± 1)% pcm [5], resulta em discrepâncias extremamente pequenas como podemos ver a seguir para as barras Bc#2 e \BC#3 . BC#2 ; [(C-E)/E).100 = 2,00 % e BC#3: [(C-E/E).100 = 1,86% . Como esse cálculo utilizando o código MCNP6 [6] e biblioteca de dados nucleares ENDF/B.VII.0 na geração das seções de choque [7], requer um tempo compuracional de processamento computacional elevado e considerando a simetria do núcleo do reator IPEN/MB-01, sabe-se que a discrepância entre os valores medidos (E) e cálculados, (C) para as barras de controle BC#1 e BC#4, também diametralmente opostas no núcleo, apresentem as mesmas discrepâncias do valores de reatividade integral daqueels obtidos para as barras de controle BC#2 e BC#3, ou seja inferiores ao critério de aceitação [1,5]. Assim, concluimos que os valores obtidos pela metodologia de cálculo descrita neste relatório, estão aprovados, dentro do critério de aceitação que previa como aceito valores de reatividade integral, discrepantes aos valores experimentais, desde que iguais ou inferiores a 10%.